Administrar é difícil.

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Uma das tarefas mais difíceis que temos em nosso cotidiano é administrar bem algo ou alguma coisa, quer seja no setor privado ou público, mais ainda neste último.

Malude MacielNão é fácil lidar com os obstáculos e coordenar os mais diversos pensamentos e “agradar a gregos e troianos”, mesmo que as decisões do administrador sejam as mais sensatas e corretas, sempre aparecerá alguém para contestar e botar defeito nas atitudes, maneiras utilizadas e,sobretudo resultados produzidos pelas mesmas.

Um administrador tem que ser inteligente, ter muito bom senso, pensar nos prós e nos contras e principalmente ter sorte, coragem e determinação de muitas vezes, “nadar contra a corrente” observando as prioridades daquele momento e situação, porque tudo importa no emprego de dinheiro e, na maioria das vezes essa verba está sob sua responsabilidade, mas não é sua e ele tem que prestar contas mediante o cargo que ocupa, mesmo porque ninguém costuma perdoar um erro.Sendo um indivíduo honesto ele sofre com as pressões e fica angustiado para achar as melhores soluções.

Ouvimos uma queixa de um amigo nosso que precisou recentemente dos serviços do Hospital Regional do Agreste-(HRA) e, lá não encontrou nenhuma condição de atendimento médico. Descreveu o drama que ali viveu, como um caos e disse que quem quiser ver o que é desconforto e falta de assistência, vá procurar tal Instituição. Notadamente ele não é um caso isolado, existem inúmeras reclamações diariamente sobre aquela unidade de saúde e nós os cidadãos comuns desse país, onde se paga a maior taxa de impostos em todo o mundo, ficamos aflitos diante de tanta carência na área da saúde, justamente um item de fundamental importância, que deveria ser cuidado com o maior desvelo pela administração pública. Não pode haver desculpas daqueles que têm obrigações de amparar os mais carentes e direcionar quantias para essas finalidades, sabendo-se que há verba, pois dinheiro não falta para tantas outras coisas que não são prioridades. As festas, por exemplo, as viagens desnecessárias e até ajudas humanitárias ou não e presentes a quem não precisa, tudo com interesse eleitoral. Todavia, um hospital destinado à população não pode deixar de ter tudo aquilo de que necessita para funcionar a contento.

É séria a situação em que se encontra o HRA, pois até mesmo os profissionais de saúde, médicos, odontólogos, enfermeiros e atendentes ali lotados, são os primeiros a pedir soluções e apelarem para o poder público tomar providências e melhorar o atendimento dos pacientes que ali chegam em busca de socorro e não podem ser despachados com um “Não” ou serem mal atendidos, porque há um direito protegendo a vida do cidadão e tem que ser cumprido.

Apesar das dificuldades, o bom administrador consciente da missão que abraçou, procura sanar os problemas direcionando os recursos às causas principais de: saúde, educação e segurança. Mesmo que a massa inconseqüente deseje folguedos e ilusões passageiras, o administrador, com sua visão privilegiada, opina por bens essenciais e permanentes e isso será reconhecido mais cedo ou mais tarde. Melhor ainda é ter a consciência tranqüila de um trabalho bem feito que dará bons frutos.

“Autor de artigo não move montanhas só porque endossa uma causa…” mas tentemos! 

Malude Maciel – Membro de ACACCIL

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